As células-tronco possuem capacidade de promover a regeneração de muitos tecidos, vasos sanguíneos e até mesmo alguns orgãos.
Muitos estudos precisam ser feitos para saber se nossas expectativas vão se concretizar ou não e isto é fundamental para a medicina feita com ética e seriedade.
Em fevereiro de 2017 pesquisadores italianos publicaram uma grande revisão de todos os estudos feitos em pacientes com problemas sérios de circulação nas pernas e em alguns casos com grande risco de amputação.
Pasmem todos: no total foram desenvolvidos 67 estudos até o momento com 2332 pacientes envolvidos, sendo 60% de pessoas com diabetes. Infelizmente nem todos os estudos foram de boa qualidade e isto é um a crítica frequente em estudos com células-tronco.
Nesta revisão, foram feitas infusões de células-tronco dos próprios pacientes colhidas a partir da medula óssea deles mesmo. As infusões das células foram feitas tanto na panturrilha como nas artérias das pernas.
O que se concluiu com base nos dados e no seguimento médio de 2,5 anos é que o transplante de células-tronco do próprio paciente é capaz de reduzir o número de amputações e é capaz de promover uma maior chance de melhora das feridas nas pernas.
* Vale destacar que o uso de células-tronco no Brasil somente pode ser feito como forma de pesquisa, após aprovação dos comitês de ética e sem custos aos participantes. O bom controle da glicose é fundamental tanto para a prevenção quanto para o tratamento das feridas nas pernas.
Referência do estudo:
Autologous Cell Therapy for Peripheral Arterial Disease: Systematic Review and Meta-Analysis of Randomized, Non-Randomized, and Non-Controlled Studies.
Rigato M, Monami M, Fadini GP.
Circ Res. 2017 Jan 17. pii: CIRCRESAHA.116.309045. doi: 10.1161/CIRCRESAHA.116.309045.