domingo, 24 de novembro de 2013

Tom Hanks, o Menino Joaquim e a democracia do diabetes.




Todos conhecemos os inúmeros filmes e o dom de atuar de Tom Hanks. Poderia citar "O Contador de Histórias" (Forrest Gump) , "O Código Da Vinci",  "O Resgate de Soldado Ryan", "O Terminal",  "Filadélfia", etc, etc. 
Além do reconhecimento internacional, imaginem o reconhecimento financeiro deste homem. Imaginem a sua conta bancária. 
Pois é! Imaginou? 
Imagine que este mesmo homem disse em rede nacional americana, num dos programas de maior audiência,  que é é diabético tipo 2. Isto mesmo. Além de falar de seu trabalho, aproveitou e disse que tinha diabetes. 
Será que temos idéia de quanto recurso ele tem para tratar sua doença? De nada isto adianta agora. O que ele terá de fazer é o mesmo que muitos terão: alimentação saudável, exercícios, medicamentos, algumas adaptações...
Não é pelo fato de ele ter diabetes que todos agora apenas se lembrarão dele por causa disto. Tenho certeza que todos continuaremos vendo seus filmes do mesmo jeito, vibrando, gostando, não gostando... mas o fato é que o diabetes é apenas mais uma característica dentre várias que Tom Hank possui. 
E o mesmo se aplica ao caso do menino Joaquim. Ele infelizmente foi vítima de violência. Não sabemos de quem é a culpa, mas ele é vítima do mesmo jeito. Independente de ele ser diabético, é mais um número da lista de violências no Brasil. Claro que o diabetes o tornou mais vulnerável, mas não sabemos se isto mudaria muito o desfecho do problema. Ninguém saberá dizer. 
Por isso é que o diabetes é uma doença democrática (felizmente ou infelizmente). Acomete milionários, crianças, pobres, idosos, famílias desestruturadas, famílias equilibradas, etc. 
Nem Tom Hanks, nem o Menino Joaquim estão à salvo de qualquer intempérie. Nenhum de nós está. 

Somos todos iguais. O diabetes é apenas mais uma característica de cada indivíduo.