quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Quem pode se candidatar para as pesquisas com células-tronco?


É com muita satisfação que o Brasil é pioneiro mundial no uso de células-tronco para diabetes tipo 1. Nossas pesquisas se inciaram em 2003 e seguem até hoje. Infelizmente não promovemos cura mas sim tentamos uma maneira inovadora e singular na sua abordagem.
Como mostramos bem, tratam-se apenas de pesquisas e muito teremos que estudar para chegar em qualquer conclusão.
Vale destacar que nossa equipe da Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - USP é enorme e montada pelo Prof Júlio Voltarelli. Temos na equipe enfermeiros, auxiliares de enfermagem, terapeutas ocupacionais, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, médicos de outras especialidades, ou seja, somos um grande time.
Atualmente, em 2012, nossos estudos foram aprovados pelo FDA e disseminados nos Estados Unidos e Europa. 
Para ser voluntários são necessários preencher inúmeros critérios de inclusão sendo que os iniciais são:
Idade entre 18 e 35 anos;
Diabetes tipo 1 há menos de 3 meses.



domingo, 14 de outubro de 2012

O que você é? Muito mais do que portador de diabetes e muito mais do que ator mirim!

         João Fernandes, o Picolé, posa para o EGO na praia de Botafogo  (Foto: Marcos Serra Lima/EGO)

Faço este texto para parabenizar a matéria feita pela jornalista Bárbara Duffles no site EGO das organizações Globo. 

Nesta reportagem, a jornalista aborda o dia-a-dia do pequeno ator João Fernandes de maneira bem simples  e sucintamente cita que o ator é portador de diabetes. Muitos leigos tratam os portadores de diabetes de maneira erroneamente diferenciada. Parece que a pessoa só possui um adjetivo: diabético. É um grande erro querer minimizar o ser humano a apenas uma característica. Todos somos muitas pessoas dentro de um só corpo...

Muitos familiares e amigos se referem aos portadores como "O diabético". Parece que o menino não tem nome, não tem família. É como se definíssemos uma pessoa apenas por uma de suas características.

Espero que esta matéria (que pode ser acessada no link http://ego.globo.com/criancas/noticia/2012/10/ator-mirim-vence-diabetes-e-ganha-espaco-na-reta-final-de-avenida-brasil.html)  seja exemplo para os demais jornalistas, para os pais e familiares. 





sábado, 6 de outubro de 2012

Carros, motos e diabetes

Muitas pessoas têm como "hobby" o encontro com amigos e familiares  para um passeio de carro ou de moto. Muitos curtem um motor mais potente na sua moto ou um "design" mais arrojado na motocicleta e até mesmo mais velocidade nas arrancadas. Hoje em dia existe um grande mercado deste tipo de entretenimento inclusive com importante venda de acessórios como capacetes, jaquetas, botas, etc.

É sabido que temos no Brasil cerca de 12 milhões de portadores de diabetes, sendo que cerca de 12% dos adultos são acometidos por esta condição.

É natural pensar que em meio aos que curtem carros e motos, muitos são portadores de diabetes inclusive em uso de insulina.

Como sempre advogo, o portador de diabetes pode e deve fazer tudo que puder ter acesso. Nadar, escalar montanhas, fazer mergulhos submarinos, etc. A diferença é que o portador de diabetes deve tomar uns cuidados a mais.

Imagine uma pessoa que tem diabetes sofrer hipoglicemia pilotando uma moto a 110 km/h...

Imagine um portador de diabetes viajando para praia com sua família e sente-me mal ao volante numa curva da estrada Rio-Santos...

Algumas condições devem ser levadas em conta ao utilizar veículos motorizados e são considerados fatores de maior risco como:

- deficiência visual geralmente por graus avançados de retinopatia diabética, catarata ou glaucoma.
- neuropatia diabética - doença dos nervos em que o paciente pode ter diminuição de sensibilidade nos pés e pode não dominar completamente os pedais da moto ou do carro.
- grandes oscilações de glicemia.
- hipoglicemias frequentes. 

Por isso, portadores de diabetes e especialmente os usuários de insulina devem fazer uma lista de tarefas:
- acondicionar as insulinas adequadamente evitando expô-las ao sol e ao calor excessivo. O porta-luvas às vezes fica muito quente.
- ter sempre consigo a carteira de identificação de portador de diabetes.
- ter sempre consigo uma fonte de açúcar de liberação rápida para casos de hipoglicemia como por exemplo sachês de açúcar líquido. Lembre-se que em muitas estradas não há pontos de parada e uma hipoglicemia pode acontecer em qualquer lugar.
- É sempre bom medir a glicemia periodicamente. Não há regras para isto, mas é sempre bom o motociclista medir as glicemias com mais frequência, por exemplo antes da jornada e a cada 2 horas.

Lembre-se sempre de discutir com seu endocrinologista o que deve ser feito especificamente em seu caso.



Perspectivas futuras

Recentemente foram lançados no mercado aparelhos que têm um pequeno fio de silicone acoplado no tecido subcutâneo de pacientes portadores de diabetes. Este aparelho em seguida emite sinal via bluetooth para a tela de LCD do carro que mostra praticamente em tempo real a evolução das glicemias (veja figura abaixo).

O aparelho que mede glicose em tempo real já é vendido no Brasil, mas os carros com este dispositivos ainda não chegaram em nosso mercado. A Lincoln e a Ford já dispõe de carros com estes dispositivos.


Aparelho acoplado à pele do paciente que emite sinal para o pager
 (da foto acima) ou para o monitor do carro. O sinal de glicemia é enviado a cada 5 minutos






Carro  Lincoln MKZ com monitor que recebe via bluetooth sinal de glicemia do monitor de glicose








terça-feira, 11 de setembro de 2012

Reunião de transplante de Céluls-tronco em Chicago 2012

Mais um ano se passou e fomos nós mais uma vez para a reunião de pesquisa sobre células-tronco em doenças auto-imumnes organizado pela Northwestern University de Chicago sob a tutela do Dr Richard Burt.
Este ano tivemos a maior comitiva brasileira com 5 médicos pesquisadores do Brasil , todos da USP - Ribeirão Preto. Juntamente estavam pesquisadores de Upsala-Suécia, Chicago, Miami, Houston-Estados Unidos, Shefield-Reino Unido, Paris-França, Leiden - Holanda, Índia e China.
Todas as discussões foram exclusivamente referentes a pesquisas em comum entre todos os grupos e especialmente em humanos. 
Como podem ver, trata-se de um grupo pequeno e seleto que temos a honra de fazer parte. Especialmente nas discussões sobre o projeto de pesquisa em diabetes, das 5 apresentações 3 foram do nosso grupo. Outros grandes nomes presentes e que abrilhantaram ainda mais a reunião foi do Dr Camillo Ricordi da Universidade de  Miami e do Dr Bart Roep, de Leiden - Holanda. Ambos trabalham há anos com imunologia do diabetes, transplante de ilhotas e de pâncreas, vacinação contra diabetes, etc. 
Estamos felizes mais uma vez porque tivemos chance de não só aprender cada vez mais com estas discussões mas também poder humildemente levar também nossa produção científica a um grupo tão especializado. 
Não tenho dúvida de que o futuro está cada vez mais perto e que em meio a tanta tecnologia ligada ao diabetes o uso de células-tronco terá um papel destaque neste cenário. 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Programa "Matéria de Capa"da TV cultura aborda os avanços da ciência nacional

No domingo día 22 de julho o programa "Matéria de Capa" comandado pelo jornalista Aldo Quiroga na TV Cultura mostrou os diversos avanços da ciência nacional no tratamento de doenças como diabetes tipo 1 e lesões nervosas com o uso de células-tronco. Os depoimentos dos pacientes foram marcantes. Nosso paciente Renato Silveira, futuro médico, deu um show na entrevista. 

Clique no link abaixo e assista ao vídeo

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Por que tomar tantos remédios?

Muitos pacientes me perguntam no dia-a-dia do consultório: "Por que tomar tantos remédios? Por que tomar a vida toda? 

Se pararmos para pensar, nossa expectativa de vida aumenta cada vez mais ao longo dos séculos. Isto certamente se deve a medidas preventivas como saneamento, higiene, etc. Se deve também aos avanços da medicina. 

Todos podemos lembrar que até há pouco tempo era possível um paciente morrer de tuberculose ou úlcera gástrica ou pneumonia e isto hoje é bem mais difícil de acontecer. 

Por outro lado, como estamos vivendo mais, estando tendo mais doenças relacionadas à senilidade como hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol e triglicérides alterados, obesidade, infarto do coração e derrame cerebral. Ou seja, estamos apresentando mais doenças crônicas que infelizmente não possuem cura.  Estas doenças dificilmente terão cura pois estão intimamente ligada aos hábitos de vida das pessoas como sedentarismo e má alimentação. 

Muitos pacientes apresentam muitas doenças ao mesmo tempo e por isso acabam necessitando de muitos remédios ao longo do dia. Sei que os remédios podem induzir a efeitos colaterais, mas certamente os benefícios dos medicamentos suplantam estes efeitos adversos. 

O uso regular dos remédios conforme prescrição médica é fundamental para o sucesso terapêutico. Não é prudente deixar de tomar os remédios quer seja por puro esquecimento ou de propósito. Como o diabetes não induz muitos sintomas, é muito comum pacientes deixarem de tomar os remédios por justamente não sentirem quase nada. 
Aposto que se tivéssemos dor de cabeça ou dor de dente não hesitaríamos em tomar quantos remédios fossem necessários para reduzir a dor. 
Quando se trata de idosos e crianças o cuidado deve ser redobrado. Deve-se checar e rechecar o uso dos remédios ou até mesmo colocá-los na boca dos pacientes (e isto mesmo).  Deve-se contar o número deles nas caixas para saber se o paciente está realmente tomando a dose recomendada.
Quanto ao uso de insulina, devemos ressaltar que quaisquer pequenas mudanças nas doses, sem orientação médica, pode induzir a quadros de hiper ou hipoglicemias assombrosos. Familiares e pacientes devem sempre examinar os locais das injeções de insulina para visualizar a ocorrência de lesões cutâneas nestes sítios de aplicação. 
Por fim, em resumo, devemos ter em mente que os remédios existem para nos ajudar e não são nossos inimigos. 

Bom tratamento a todos...



sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ator da novela das 9 conta como foi sua vida após o Diabetes


O jovem ator José Loreto, o Darkson da novela das 9, conta como foi sua vida após descobrir, aos 15 aos, que era portador de diabetes tipo 1. Em vez de se revoltar e negar o diabetes, o ator conta conta como os esportes e os hábitos de vida saudáveis nortearam sua vida após o diagnóstico.


Clique no link ao lado e leia a matéria na íntegra: http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,ERT305619-8192,00.html



Ator José Loreto, diagnosticado portador de diabetes tio 1 aos 15 anos. 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Márcia Peltier aborda de forma clara e objetiva o tema "Diabetes"


No dia 5 de junho de 2012 a jornalista Márcia Peltier fez uma entrevista muito clara, objetiva e elucidativa discutindo diversos aspectos do diabetes:
Quais os principais sintomas?
Como dar o diagnóstico?
Quem são as pessoas com maior risco de adquirir a doença?
Como estão nossas pesquisas pioneiras mundialmente com transplante de células-tronco em diabetes?



Para visualizar a entrevista na íntegra, clique no link abaixo:


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Tenha em mãos a carteirinha de identificação do portador de diabetes

Imagine um rapaz de 15 anos de idade com tremores, suor frio e comportamento estranho. Para a maioria da população ele pode ser encarado com usuário de drogas, concordam? Mas na realidade ode ser um diabético com hipoglicemia.

Imaginem uma pessoa desacordada no chão de uma grande avenida. Muitos poderão achar que é um mendigo ou andarilho ou um bêbado. mas na realidade pode ser uma pessoa diabética com hipoglicemia que caiu na calçada de uma hora para outra. 

Por isso  e por diversos outros motivos, é sempre bom que o portador de diabetes saiba informar seu diagnóstico e os medicamentos que usa. 

Para as situações em que o portador não tem condições de se comunicar, é FUNDAMENTAL  ter na carteira ou na bolsa a carteinha de identificação do portador de diabetes. 

Basta clicar no cartão abaixo, imprimir, preecher e tê-lo sempre consigo. Espero nunca precisar dele. 





domingo, 10 de junho de 2012

Diabetes. Aceitar ou aceitar esta condição: Eis a Questão!

Fico feliz quando atendo pacientes diabéticos nos dias de hoje. Temos insulinas modernas, aparelhos modernos de medição de glicemia, alimentos diet e light, contagem de carboidratos, bomba de infusão, etc.
Recebemos inúmeros pacientes e/ou pais de pacientes diariamente no consultório que têm total condiçao cultural para entender o "funcionamento" do diabetes mas não o fazem. Muitos nos procuram para tentar ficar livre da "dieta chata" e das |"picadinhas de insulina",
Será que todos os ditos "normais" não têm de ter moderação alimentar?
Será que todos os ditos "normais" não devem fazer exercícios físicos regularmente?
Será que todos os ditos "normais" não devem fazer extravagância alimentar apenas de vez em quando?

Se o paciente diabético for inteligente, tendo um estilo de vida saudável ele viverá mais e melhor do que os ditos "normais" que usam refrigerantes normais, comem excessivamente, ingerem doces e gorduras sem restrição e são sedentários.

Na realidade, o estilo de vida do diabético é o estilo de vida que todos  nós devemos ter.

Uma coisa porém impede que muitos diabéticos sigam as recomendações corretas: A falta de aceitação!
Isto muitas vezes é o divisor de águas entre um diabético saudável e um diabético que terá complicações no futuro.  Portanto, há 2 possibilidades para o paciente diabético: Aceitar ou aceitar.

Aceitar o diabetes não significa porém ficar parado apático e não correr atrás das novidades. Aceitar o diabetes significa estar resolvido consigo mesmo, controlado e aí então apto a usufruir dos novos avanços que estão por vir em muito breve, quer sejam células-tronco, pâncreas artificial ou outras novidades.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Turismo de células-tronco !

Sem dúvidas vivemos numa época de ouro na ciência mundial. Estamos sendo testemunhas de uma revolução e ao mesmo tempo de uma grande promessa que é a terapia com células-tronco. O que não sabemos ao certo é em quais casos nossa esperança de tornará concreta e em quais casos a terapia celular não mostrará êxito.

Por isto temos que seguir preceitos éticos de pesquisa e testar em grupos de pessoas com características definidas e com maior probabilidade de sucesso.

Todas as pesquisas colaboram de alguma forma com o progresso do conhecimento humano, tendo ela resultado positivo ou negativo. Entretanto, para se realizar qualquer pesquisa é necessário aprovação pelo comitê de ética local ou nacional.

No campo de estudo das células-tronco que é ainda mais obscuro e seus resultados de segurança de longo prazo são escassos e  estes conceitos de ética em pesquisa se fazem ainda mais necessários.

Devido à grande esperança de cura ou alívio de doenças com uso de células-tronco tem se tornado frequente o relato de pessoas que se desfazem de bens e grandes quantias de dinheiro em busca de saídas milagrosas e mirabolantes sem todavia checar maiores detalhes do local do tratamento.

É importante frisar que, exceto por  algumas poucas doenças, o uso de células-tronco é experimental e é impossível alguém antever se o resultado de uma determinada pesquisa será benefico ou maléfico.

Se procurarmos na internet veremos que há inúmeras clínicas existentes especialmente no exterior indicando sucesso garantido com a terapia celular. Normalmente são sites bem construídos e com textos bem explicativos que muitas vezes expressam aquilo que uma família aflita gostaria de ouvir.

Por isto, antes de procurar algum local para levar seu ente querido cheque todas as informações possíveis e principalmente, chequer com seu médico de confiança o que ele acha disto. Muitas vezes vemos famílias se desmoronarem no afã de querer curar um ente querido e acabam sendo vítimas de tratamentos não regulamentados.


Pelo menos com relação ao diabetes, duvide de todo tratamento que seja rápido, fácil e indolor. Duvide de tratamentos miraculosos. Especialmente com células-tronco. 

domingo, 13 de maio de 2012

domingo, 6 de maio de 2012

Lições sobre o descobrimento da Insulina e do Hospital Geral de Toronto - Canadá

Na semana passada, em viagem de trabalho, tive a honra e o prazer de conhecer o Hospital Geral de Toronto - Canadá. Este Hospital é simplesmente o Local em que o cirurgião Banting e o estudante Best desenvolveram as pesquisas com animais que culminaram na descoberta (ou isolamento) da molécula de Insulina em 1922 e a sua primeira aplicação em um ser humano.

Vale à pena lembrar que até aquele momento, pacientes diabéticos tipo 1 tinham sobrevida de poucos meses e, quando muito, alguns anos.
O cirurgião Banting morava em uma cidadezinha no Canadá chamada London e não era ligado ao meio acadêmico. Subitamente teve a idéia de submeter animais a um procedimento cirúrgico que seria capaz de destruir quase todo o pâncreas mas deixaria sobrar apenas as partes responsáveis pela produção de insulina (as ilhotas).

Banting pediu ajuda ao professor de Fisiologia da Universidade de Toronto chamado McLeod que achou a idéia estranha mas cedeu seu laboratório precário e alguns cães para os experimentos. Recomendou também um aluno chamado Best para lhe ajudar nos experimentos.
Felizmente em cerca de 1,5 ano o hormônio protéico chamado insulina foi isolado e aplicado em animais e pela primeira vez em uma cadelinha chamada Marjorie e depois de um período em um menininho chamado Leonard Thompson.

Logo em 1923 receberam o Prêmio Nobel de Medicina.

Na ocasião a imprensa noticiou a descoberta como a cura do diabetes. Mal sabiam que não era a cura , mas im um grande passo para o controle e a prevenção das complicações desta doença.

Chamou minha atenção a memória do povo canadense. Nem percebi, mas quando um amigo me alertou fiquei estarrecido de ver que na nota de 100 dólares canadenses (a nota de maior valor no país)  havia a imagem de um frasco de insulina. Talvez o motivo de eu ter ficado estarrecido foi o fato de ver que naquele país eles têm memória e ver que eles sabem valorizar seus grandes nomes, mesmo que tenham se passado 90 anos.

Fato interessante é que após o isolamento da molécula de insulina, o laboratório farmacêutico americano  Eli Lilly se juntou ao grupo canadense e começou a produção e distribuição me larga escala da insulina de origem animal pelo mundo, tornando esta descoberta local em um medicamento que salvaria vidas em todo o globo terrestre.

Obviamente que muita coisa evoluiu ao longo destes 90 anos.

Hoje nossos pacientes diabéticos dispõem de insulinas desenvolvidas por engenharia genética, agulhas finíssimas, canetas de aplicação de insulina, discretas e pequenas,  bombas de infusão contínua de insulina, aparelhos medidores de glicemia pequenos e rápidos e contagem de carboidratos para facilitar a dieta.

Felizmente o Brasil tomou um papel de destaque nesta história dando o ponta-pé inicial no uso de células-tronco na tentativa de melhorar ainda mais a qualidade de vida dos portadores de diabetes tipo 1.

Que esta curta história sirva de estímulo os diabéticos de hoje se cuidarem melhor. Que todos vejam que estamos vivendo num momento de grande explosão do conhecimento. Estamos na era das células-tronco e também na era de diversas outras pesquisas como a insulina inteligente (Smart Insulin), pâncreas artificial, medidores de glicemia com infra-vermelho, etc.

Encorajo a todos que se cuidem, que aceitem o diabetes e façam o tratamento adequadamente para poder ter a chance de experimentar e utilizar as diversas novidades que estão por chegar até nós em poucos anos (poucos anos mesmo). Vamos nos cuidar bem hoje para podermos desfrutar do que vem por aí.

Vejam abaixo algumas fotos e fatos interessantes que relatei no texto acima.

Boa semana!!


Manuscrito original do Dr Banting sobre como conseguir isolar a molécula de insulina

Dr Banting e o estudante Best com a cadela Marjorie, que recebeu a primeira injeção do extrato de pâncreas
 Nota de 100 dólares canadienses com o frasco de insulina



 Laboratório de fisiologia na Universidade de Toronto onde banting e Best trabalhartam



 Leonard Thompson, o primeiro a receber injeções de insulina. Foto antes e depois do uso do uso da insulina.



Prêmio Nobel de Medicina concedido a Banting e Mc Leod em 1923 (Best não foi condecorado, pasmem!)


Seringa de aplicação de insulina do ano de 1926. 









domingo, 8 de abril de 2012

A escola e o trabalho muitas vezes são um entrave para o tratamento do diabetes !


             Passamos boa parte de nossas vidas estudando e trabalhando. Como doença não tem hora vaga, os cuidados com a saúde devem permear nossas obrigações diárias. Felizmente, o diabético está apto a concluir suas etapas educacionais e a traçar infinitos planos de carreira como qualquer outra pessoa. O distúrbio em si não pode ser considerado um fator limitante para o desenvolvimento acadêmico ou profissional — salvo se estiver completamente descompensado. É por isso que pessoas com diabetes não devem ser tratadas com regalias ou poupadas de certos compromissos. Elas merecem ser cobradas da mesma forma que aquelas livres do problema, sejam médicas, advogadas, atletas, artistas...

            O crescimento no número de diabéticos, inclusive crianças, cobra das escolas e das empresas uma nova exigência: abordar a doença dentro de suas dependências. Para começo de conversa, ter diabetes não deveria ser visto como um critério para seleção de um aluno ou de um candidato para determinada vaga. Por falar nisso, sabemos que frequentemente pessoas omitem em entrevistas de emprego portar o distúrbio. Trata-se de um erro, uma vez que futuros descompassos nos níveis de glicose, como hipoglicemias ou hiperglicemias, podem ocorrer em ambiente de trabalho e ninguém vai saber do que se trata nem como agir se não for avisado.

            Aliás, essa devia ser uma regra básica: que os colegas de trabalho ou, no caso do colégio e da universidade, outros alunos, professores e orientadores pedagógicos saibam que o indivíduo é diabético, inclusive para se familiarizar com procedimentos corriqueiros exigidos pelo tratamento, como medições de glicose e aplicações de insulina. Isso evita situações constrangedoras e ainda habilita as pessoas a prestarem ajuda, se preciso.

            A presença de funcionários ou de alunos diabéticos reforça ainda mais a necessidade de se discutir o problema — inclusive para que toda essa gente espalhe o conhecimento adquirido à família e aos amigos. Por que não fazer uma semana do diabete na escola? Por que não promover palestras e workshops, convidando médicos e pacientes a falar do assunto? Esses são exemplos de estratégias importantes para divulgar informação, uma ferramenta essencial à prevenção de novos casos da doença, ao diagnóstico precoce e ao estímulo de um controle adequado. São oportunidades de derrubar mitos, tirar dúvidas e compartilhar experiências. Momentos propícios para disseminar o que é um estilo de vida saudável.

            A atenção e os cuidados com o diabete não deveriam entrar apenas na agenda de atividades da escola. Precisam fazer parte do seu dia a dia. O ideal é que os  funcionários do colégio sejam treinados para reconhecer possíveis sinais e manifestações do problema na criançada. Sabe aquela história do garoto que pede toda hora para ir ao banheiro? Nem sempre é travessura, vontade de matar aula. Será que o professor sabe que urinar em excesso é sintoma de diabete? A figura do mestre tem extrema importância na detecção do distúrbio na infância. Além disso, todo professor deveria estar apto a lidar com alunos diabéticos, inclusive para estimular, se necessário, o monitoramento da glicose ou as injeções de insulina, além de explicar a situação aos coleguinhas. Esse contato mais próximo melhora inclusive a adesão ao tratamento.

            Toda escola conta com educação física na grade de matérias, certo? Isso é ótimo, mas por que nem sempre há uma disciplina de orientação alimentar? Defendo que também é papel do colégio instruir o aluno a se alimentar direito. Seria uma grande arma contra o surto de obesidade que acomete cada vez mais crianças, tornando-as mais expostas ao diabetes tipo 2. Infelizmente, o que ainda vemos são cantinas oferecendo salgadinhos e guloseimas, redutos de gordura, sal e açúcar. A mudança precisa começar com o conteúdo do que é ofertado aos alunos na hora do recreio — e inclusive no momento de montar a lancheira, que deve vir recheada de frutas, pão integral, iogurtes... A luta contra o diabetes — e em prol do controle do distúrbio —depende de educação e divulgação de conhecimento. Existe melhor lugar que a escola para incentivar essa tarefa? 

domingo, 1 de abril de 2012

Disney vai lançar livro com personagem diabética tipo 1

Sempre lutamos pela socialização da informação relacionada ao diabetes. Especialmente entre as crianças exitem ainda mais mitos e informações  equivocadas e ainda mais preconceito.

Não é à toa que existem diversos sites nacionais e internacionais, games e livros e etc visando trazer informação para as crianças e seus pais. Na minha opinião o melhor tratamento para o diabetes começa com informação. Muitas vezes os equívocos começam com os próprios pais das crianças diabéticas. 

As crianças diabéticas podem tudo que as crianças ditas "normais" podem fazer. 

Vale lembrar que:
- Não é normal comer doces todo o dia;
- Não é normal ficar horas a fio sentado na internet;
- Não é normal ficar horas a fio assintindo TV;
- Não é normal comer fastfood, gorduras e frituras com tanta frequência.

Neste sentido é que parabenizo a Disney por planejar o lançamento de um livro que inclui os personagens clássicos da Disney e incluir uma nova personagem, uma macaquinha chamada Coco (pronuncia-se Côco). Achei fantástico a Disney fazer isto pois inúmeras crianças e adultos lêem suas histórias e isto pode ajudar ainda mais a anular diversos mitos do diabetes. Ainda mais porque o diabetes é uma doença muito comum. 

Quando algum médico ou associação de diabetes promove ou veicula algum material sobre diabetes, muitos podem pensar que é chato e feio. Com a chancela da Disney, acho que esta barreira pode ser quebrada. 

Ainda não há data para lançamento do livro mas estamos no aguardo. 

Espero que outros grandes grupos de comunicação tenham a mesma idéia como TV, teatro, games, etc. Ter personagens diabéticos é tão comum quanto quaisquer outros. 

Enquanto o livro não chega, sugiro a todos que acessem alguns sites excelentes para diabéticos adultos e crianças:

www.diabetes.org.br
www.adj.org.br
www.tiojuliao.diabetes.org.br
www.diabetesnasescolas.org.br


Coco - Maquiquinha Diabética tipo 1 da Disney

sexta-feira, 23 de março de 2012

Júlio Voltarelli

Infelizmente, dia 21 de março, tivemos uma perda irreparável para a Ciência Nacional: faleceu o Prof. Júlio Voltarelli aos 63 anos.





Hematologista e Imunologista de formação, com simplesmente 3 pós-doutorados nos Estados Unidos, foi ele que em 2003 teve a grande ideia de iniciar no Hospital das Clínicas da USP – Ribeirão Preto, o primeiro estudo em humanos no mundo avaliando o efeito do Transplante Autólogo de Células-tronco hematopoéticas para o tratamento do diabetes tipo 1. Na realidade a formação do grupo e a sua materialização se deu após sua conversas com o importante imunologista americano Dr. Richard Burt que havia pensado no projeto mas não o colocara em prática. Lembro-me muito bem como se fosse hoje quando nos reunimos pela primeira vez para discutirmos sobre as bases do “reset imunológico” envolvido no transplante  e sua vibração com o tema. Para um jovem pesquisador como eu que estava iniciando suas andanças eu diria que fui um privilegiado por tê-lo ao meu lado.
Impressionante sua capacidade de liderança e de aglutinação de uma equipe formada por mais de 50 profissionais. Em momento algum se colocava como superior e argumentava e aceitava contra-argumentações de terceiros com a maior desenvoltura.
Quando iniciamos o projeto em Diabetes Tipo 1 o grupo de transplante já tinha expertise no tema de imunomodulação com outras doenças como esclerose múltipla, lupus, artrite reumatóide, esclerodermia, etc.
Graças e ele e a todos da equipe fui o escolhido para ter a chance de suspender insulina de vários pacientes diabéticos tipo 1 envolvidos na pesquisa e a cada paciente que nós tínhamos êxito ele queria cada vez mais e mais resultados. Este trabalho nos rendeu além de inúmeras histórias, 2 publicações originais no concorridíssimo JAMA com direito a editoriais nas publicações. Ainda neste protocolo testamos o efeito da medicamentos inibidores da enzima DPP-4 nos pacientes que retomaram o uso de insulina e conseguimos com sucesso ineditamente suspender insulina novamente em mais 3 pacientes.
Devido à excelente repercussão e à seriedade dos nossos estudos, meios de comunicação como New York Times, Times, Le Monde, Reuters deram destaque ao nosso estudo liderado por ele.
Não contente com os resultados deste primeiro protocolo, em 2008 deu início à pesquisa com células-tronco mesenquimais também para diabetes tipo 1. Neste protocolo usamos células-tronco adultas porém sem necessidade de quimioterapia.
Em 2011 conseguimos aprovação do protocolo de transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas pelo FDA aglutinando centros reconhecidos em Chicago (Northwestn University com o Dr Richard Burt) e Paris (Hospital Sr Louis com a Dra Dominique Farge). Vale destacar que nós no Brasil, na maioria das vezes,  replicamos estudos desenhados no exterior e desta vez nós é que tivemos este papel mais nobre.
Não contente, numa de nossas últimas reuniões deixou no gatilho uma importante pesquisa em humanos sobre com Transplante de Células mesenquimais para o diabetes tipo 2. Porém desta vez participando também sua esposa e também nossa amiga endocrinologista a Prof Ângela Leal da Universidade Federal de São Carlos que já vem realizando experimentos em modelos animais de diabetes tipo 2.
Já não bastasse tudo isto, tratava-se ainda de um amigo leal, grande mestre, grande líder.
Certamente sua ausência será notada nos diversos seguimentos da medicina nacional, especialmente a Diabetologia, mas todos teremos o dever de manter aceso seu nome e seu legado de agora em diante.
Serei eternamente grato por tudo e honrarei sempre seu nome.
Descanse em paz!
Do seu amigo, colega, afilhado e aprendiz,
Carlos Eduardo Barra Couri

terça-feira, 13 de março de 2012

Diabetes foi tema de Entrevista em Programa em Ribeirão Preto

Em março, O Programa Pessoas com Letícia Gera da TV THATHI de Ribeirão Preto fez uma abordagem muito prática e objetiva sobre diabetes numa bela entrevista. 




                                                                               Clique aqui para assisitr ao vídeo

quinta-feira, 8 de março de 2012

Você sabe avaliar se o seu aparelho de glicemia está com o código adequado para a fitinha que você está usando?

Todos os diabéticos conhecem bem esta rotina. Aplicar insulina e medir as glicemias várias vezes ao dia. O que muitos não sabem é que muitos aparelhos de glicemia possuem códigos que devem ser pareados com os códigos da fita.

Vejam esta reportagem muito elucidativa realizada pela filial da Rede Globo do interior de SP (EPTV).


Clique aqui e assista ao vídeo

terça-feira, 6 de março de 2012

Mulheres diabéticas podem engravidar?

Com o passar dos anos o tratamento do diabetes tanto tipo 1 quanto tipo 2 tem melhorado. Hoje em dia temos controlado melhor a glicemia dos pacientes, mas também os pacientes portadores têm apresentado melhor qualidade de vida.

Em face disso, mulheres adultas diabéticas em idade reprodutiva têm demonstrado vontade e desejo de ter filhos obviamente como toda mulher.

Muitos mitos envolvem a gravidez da mulher diabética. É fato que o diabetes pode trazer diversas complicações para mãe e para o feto, porém isto não é uma sentença definitiva e pode ser contornado.

Por isso, nos dias de hoje não se recomenda a nenhuma mulher engravidar sem antes saber seu estado geral de saúde. Imagine então a mulher diabética.

Quando uma paciente diabética passa a expressar o desejo de ser mãe, a primeira ação é procurar o seu endocrinologista e seu ginecologista e saber seu estado atual de saúde antes de tentar engravidar.

Por que esta avaliação inicial é tão importante? Muitas pacientes só descobrem determinadas doenças após o início da gravidez e muitas vezes o feto já foi comprometido e a gestante não pode receber o tratamento adequado devido ao fato do medicamento poder prejudicar o concepto.

Existem alguns problemas de saúde na mulher que contra-indicam a gestação e outros problemas que não contra-indicam. Por exemplo, gestantes com insuficiência renal ou retinopatia graves não são aconselhadas a engravidar em momento algum. Outro exemplo é a gestante que vem com mal controle glicêmico: nestas pacientes devemos adiar a gravidez e rediscutir apenas depois de atingido o bom controle.

Além disso, muitas mulheres diabéticas usam remédios contra-indicados durante a gravidez e que devem ser suspensos ou trocados antes da gravidez e o médico deve julgar se a suspensão do remédio ou a troca pode  piorar ou não o estado geral da peciente.

Somente após checados todos estes detalhes é que o casal deve parar de usar os métodos contraceptivos e tentar a gravidez. O diabetes não nos impede de fazer nada, porém, as devidas adaptações devem ser feitas para não trazer sustos para a mãe e para o feto.

segunda-feira, 5 de março de 2012

"O Futuro do Diabete" foi lançado em 30 de julho de 2011

No dia 30 de julho aconteceu o lançamento do nosso livro  "O Futuro do Diabete". Fomos premiados com uma linda tarde de inverno, e para minha satisfação a Livraria Para Ler Megastore do  Ribeirão Shopping estava simplesmente lotada.

Sabemos que temas lúdicos e romances têm um apelo obviamente superior, mas gostaria de relalar que me senti bastante realizado de ver que cerca de 200 pessoas sairam para compartilhar conosco este lançamento. O que eu mais queria aconteceu: eu fui instrumento para se discutir, conversar, enfim, bater papo sobre o Diabetes.
Todos sabemos e documentamos a "epidemia" de diabetes e não há dúvida que discutir sobre um assunto é a melhor coisa para iniciar nossas ações. Quanto mais a mídia de massa falar sobre diabetes, melhor.

Estavam presentes muitos de meus queridos pacientes de várias partes do Brasil como Joara (Mato Grosso), Florianópolis, São Paulo, Campo Grande |(Mato Grosso do Sul) e inúmeros de Ribeirão Preto e cidades da região. Inúmeros colegas médicos renomados se fizeram presentes, assim como representantes e amigos da indústria farmacêutica, também de suma importância no tratamento do diabetes. Havia desde políticos  e industriais até simples trabalhadores rurais.

Fiquei emocionado com a paciência de várias pessoas, incluisive idosos e crianças, que permaneceram firmes na fila que se estendia até a porta da livraria. O tempo total foi de 4 horas e apesar de cansativo foi gratificante.

Sei que no meu consultório consigo conversar com um paciente de cada vez. Espero, entretanto, que com este livro eu consiga conversar com milhares de indivíduos ao mesmo tempo em prol de uma mehor qualidade de vida.

Espero que "O Futuro do Diabete" seja mais uma ferramenta para ajudar a tornar o diabetes nosso aliado e não nosso inimigo. Aceitar o diabetes é significa encarar de frente o problema e procurar estratégias para ter uma vida melhor, independente do diabetes. 

Com a ampla distribuição da Editora Abril, este livro estará disponível em todo o país ou pelo site http://www.iba.com.br

Dr Carlos Eduardo Couri - O Futuro do Diabete 1

Dr Carlos Eduardo Barra Couri - O Futuro do Diabete 2

Dr Carlos Eduardo Barra Couri - O Futuro do Diabete 3

Dr Carlos Eduardo Barra Couri - O Futuro do Diabete 3

Dr Carlos Eduardo Barra Couri - O Futuro do Diabete 4

Dr Carlos Eduardo Barra Couri - O Futuro do Diabete 5

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O lixeiro tem diabetes?




Muito temos discutido de novidades no tratamento do diabetes. Vale lembrar que até 1922 pacientes diabéticos tipo 1 não viviam mas sim sobreviviam, pois simplesmente não havia sido ainda desenvolvido este bendito remédio chamado insulina.

Os pacientes diabéticos há mais tempo vão se lembrar das seringas de vidro com agulha grossa e que tinham de ser fervidos a cada nova aplicação.

Seringa de vidro utilizada na década de 20 (reutilizáveis)

Mais recentemente seringas de plástico porem com agulhas mais longas e grossas também (ainda disponíveis em vários serviços públicos de saúde).

Seringas de Plástico descartáveis

Felizmente hoje em dia temos canetas de diversos tipos e agulhas de tão pequenas como a de 4 mm recentemente lançada no mercado nacional. Sem nenhuma demagogia, as aplicações de insulina hoje são praticamente indolores. Muitas vezes alguns pacientes acham que é mais dolorida a picadinha no dedo para medir a glicemia do que a picadinha da aplicação de insulina. Obviamente que quando o paciente se auto-aplica a insulina a chance de doer é menor pois ele mesmo calibra a força da aplicação e leva menos susto e tem menos dor.

Glúteos (bumbum), braço, coxas e abdome são os locais apropriados para a aplicação da insulina e para não gerar deforminades e ferimentos deve-se fazer rodízio de aplicação frequentemente.

Mas o que o lixeiro tem de comum com o diabetes?

A resposta é bem simples: onde jogamos fora as seringas usadas, as agulhas, as tiras reativas de glicemia? 

Pois bem. A maioria das pessoas ainda joga estes resíduos no lixo comum. E se o lixeiro ou um animal ou mesmo uma criança inadvertidamente se cortar com estes materiais? E o meio ambiente?
E se o paciente diabético também tiver hepatite B, ou AIDS? Este material poderá contaminar outras pessoas.

Para evitar estes e vários outros problemas lembre-se de manter estes resíduos em locais adequados dentro de casa. Pode-se armazená-los dentro de garrafa plástica de refrigerante ou de uma lata de leite em pó ou numa lata de achocolatado vazias (sempre tampadas).


Seringas de insulina em garrafas PET


Quanto estiverem cheios, o paciente ou seus familiares devem levar este material ao posto de saúde mais próximo, ou no hospital, ou solicitar a presença de coleta de lixo hospitalar à prefeitura.