Com o passar dos anos o tratamento do diabetes tanto tipo 1 quanto tipo 2 tem melhorado. Hoje em dia temos controlado melhor a glicemia dos pacientes, mas também os pacientes portadores têm apresentado melhor qualidade de vida.
Em face disso, mulheres adultas diabéticas em idade reprodutiva têm demonstrado vontade e desejo de ter filhos obviamente como toda mulher.
Muitos mitos envolvem a gravidez da mulher diabética. É fato que o diabetes pode trazer diversas complicações para mãe e para o feto, porém isto não é uma sentença definitiva e pode ser contornado.
Por isso, nos dias de hoje não se recomenda a nenhuma mulher engravidar sem antes saber seu estado geral de saúde. Imagine então a mulher diabética.
Quando uma paciente diabética passa a expressar o desejo de ser mãe, a primeira ação é procurar o seu endocrinologista e seu ginecologista e saber seu estado atual de saúde antes de tentar engravidar.
Por que esta avaliação inicial é tão importante? Muitas pacientes só descobrem determinadas doenças após o início da gravidez e muitas vezes o feto já foi comprometido e a gestante não pode receber o tratamento adequado devido ao fato do medicamento poder prejudicar o concepto.
Existem alguns problemas de saúde na mulher que contra-indicam a gestação e outros problemas que não contra-indicam. Por exemplo, gestantes com insuficiência renal ou retinopatia graves não são aconselhadas a engravidar em momento algum. Outro exemplo é a gestante que vem com mal controle glicêmico: nestas pacientes devemos adiar a gravidez e rediscutir apenas depois de atingido o bom controle.
Além disso, muitas mulheres diabéticas usam remédios contra-indicados durante a gravidez e que devem ser suspensos ou trocados antes da gravidez e o médico deve julgar se a suspensão do remédio ou a troca pode piorar ou não o estado geral da peciente.
Somente após checados todos estes detalhes é que o casal deve parar de usar os métodos contraceptivos e tentar a gravidez. O diabetes não nos impede de fazer nada, porém, as devidas adaptações devem ser feitas para não trazer sustos para a mãe e para o feto.