sábado, 21 de dezembro de 2013

Você realmente sabe comprar remédio?


                  Após consulta com seu médico de confiança, é muito comum sair do consultório com uma receita em mãos. No caso específico de doenças crônicas frequentemente os remédios serão usados praticamente a vida toda.
                   Na minha opinião os remédios genéricos são um avanço no nosso país, com preços mais justos, provendo a concorrência e, em tese, com processo de fabricação checados por normas rígidas do Governo. Eu nunca tive grandes problemas com genéricos. 

                  Alguns pontos devem ser levados em conta na compra de todos os medicamentos além da posologia:
- local de armazenamento;
- efeitos adversos;
- checarem com seu médico quais são os laboratórios mais confiáveis;
- local adequado de descarte (informação útil para insulinas, agulhas, etc)
- se deve ou não ficar ao abrigo de sol e calor;
- como pode ser transportado;
- como proceder em viagens;

              Como os remédios crônicos são usados por longos períodos, o preço dos mesmos pode impactar muito no orçamento doméstico. Por isso, seguem abaixo algumas dicas:

- nem sempre os remédios genéricos possuem os menores preços. Muitos medicamentos de marca (chamados similares) possuem preços inferiores (muitas vezes não se sabe por quê);

- existem alguns sites que fazem a comparação de preços da mesma substância, independente de ser genérica ou não. Um dos sites que eu uso é o www.consultaremedios.com.br. Minha sugestão é sempre checar os preços antes de ir à farmácia. Com isso seu poder de barganha aumenta. 

- quando um médico escreve na receita somente o nome da substância, o balconista pode apenas vender remédios genéricos. Por isso, é sempre bom o médico escrever o nome da substância e ao lado indicar pelo menos um nome de remédio similar de confiança. Digo isto porque muitas vezes o remédio genérico é mais caro e alguns vendedores não informam isto ao cliente. 

- caso o paciente descubra algum remédio similar mais barato e de boa qualidade, pode e deve pedir ao seu médico que especifique isto na receita. 

              Sempre me perguntam se eu acredito em genéricos e sempre digo que nunca tive grandes problemas. Também nunca tive problemas com remédios fornecidos na rede pública de Ribeirão Preto (cidade em que trabalho). Quando se tem dúvidas sobre eficácia de medicamentos, a melhor  maneira de checar isto é vendo se ele foi capaz de resolver o problema para o qual ele foi prescrito. 

             Para tratar o diabetes, um dos maiores exemplos de medicamento bom e de graça é a Metformina. Ela é jogador caminha 10 no tratamento do diabetes e ainda é gratuito no Brasil, sendo oferecida gratuitamente nos postos de saúde e na Farmácia Popular. Entretanto, ainda temos vários remédios que ainda não possuem nenhuma versão genérica ou similar e por isso os preços são mais elevados e não temos como discutir. Por isso, sempre devemos perguntar ao vendedor da farmácia se o próprio laboratório disponibiliza algum programa de desconto. Muitos deles dão descontos de até 50% ou mais. 
                   
                   Espalhe estas informações aos seus amigos e familiares!
                     


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Lista de famosos que além de tudo ainda tinham diabetes

        Todos os dias me deparo com pacientes que me perguntam: "Porque logo eu fui escolhido por Deus para ser diabético? ".
Uma coisa que aprendi é que o diabetes é uma doença democrática. Não escolhe raça, idade, cor, classe social. Para o diabetes não se importa que o paciente seja trabalhador, honesto ou bom caráter. Se fosse assim milionários, chefes de estado, artistas e pessoas influentes nunca teria esta doença. 

        Veja abaixo uma lista resumida de pessoas importantes e influentes que têm diabetes como uma de suas várias características. E não foi pelo diabetes que estas pessoas deixaram de ser super-importantes. 


domingo, 24 de novembro de 2013

Tom Hanks, o Menino Joaquim e a democracia do diabetes.




Todos conhecemos os inúmeros filmes e o dom de atuar de Tom Hanks. Poderia citar "O Contador de Histórias" (Forrest Gump) , "O Código Da Vinci",  "O Resgate de Soldado Ryan", "O Terminal",  "Filadélfia", etc, etc. 
Além do reconhecimento internacional, imaginem o reconhecimento financeiro deste homem. Imaginem a sua conta bancária. 
Pois é! Imaginou? 
Imagine que este mesmo homem disse em rede nacional americana, num dos programas de maior audiência,  que é é diabético tipo 2. Isto mesmo. Além de falar de seu trabalho, aproveitou e disse que tinha diabetes. 
Será que temos idéia de quanto recurso ele tem para tratar sua doença? De nada isto adianta agora. O que ele terá de fazer é o mesmo que muitos terão: alimentação saudável, exercícios, medicamentos, algumas adaptações...
Não é pelo fato de ele ter diabetes que todos agora apenas se lembrarão dele por causa disto. Tenho certeza que todos continuaremos vendo seus filmes do mesmo jeito, vibrando, gostando, não gostando... mas o fato é que o diabetes é apenas mais uma característica dentre várias que Tom Hank possui. 
E o mesmo se aplica ao caso do menino Joaquim. Ele infelizmente foi vítima de violência. Não sabemos de quem é a culpa, mas ele é vítima do mesmo jeito. Independente de ele ser diabético, é mais um número da lista de violências no Brasil. Claro que o diabetes o tornou mais vulnerável, mas não sabemos se isto mudaria muito o desfecho do problema. Ninguém saberá dizer. 
Por isso é que o diabetes é uma doença democrática (felizmente ou infelizmente). Acomete milionários, crianças, pobres, idosos, famílias desestruturadas, famílias equilibradas, etc. 
Nem Tom Hanks, nem o Menino Joaquim estão à salvo de qualquer intempérie. Nenhum de nós está. 

Somos todos iguais. O diabetes é apenas mais uma característica de cada indivíduo. 



quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Leonard Thompson, Marjorie e o descobrimento da insulina em 1922

        O desenvolvimento da insulina foi um marco na medicina moderna. Apesar de o diabetes ter sido mencionado por egípcios desde 1552 antes da era cristã, muito pouco foi feito para seu tratamento até o século XX. O diabetes era praticamente uma sentença de morte.
        Em 1920 um cirurgião da cidade de London (província de Ontario) chamado Frederick Banting teve uma idéia sobre o desenvolvimento da insulina. Numa noite, durante um sonho, Banting tinha tido a idéia de fazer a ligadura (obstrução) dos ductos pancreáticos de pâncreas de cachorros. Com isto, as enzimas digestivas do pâncreas promoveriam uma espécie de "autodigestão" do pâncreas e ele poderia isolar apenas as ilhotas pancreáticas responsáveis pela produção de insulina. Ele acordou deste sonho e o escreveu num pequeno pedaço de papel para não esquecer. 
       Por conta desta idéia, mudou-se para Toronto e procurou um importante professor e estudioso sobre metabolismo dos carboidratos chamado MacLeod.
       Sem acreditar muito nas idéias deste cirurgião, o professor MacLeod lhe ofereceu um laboratório simples e 10 cães para serem usados nas férias de verão da Universidade enquanto ele mesmo tiraria férias. Juntamente com Banting, um jovem estudante chamado Charles Best colaborou enormemente com as pesquisas.
        Eles botaram em prática a idéia de Banting para isolar a insulina e aplicaram o extrato pancreático (então chamado "isletina") em modelos de cães diabéticos que tiveram seus pâncreas previamente retirados.
        Após algumas tentativas, o maior sucesso aconteceu com uma cachorrinha diabética chamada Marjorie, que sobreviveu 70 dias após a retirada seu pâncreas usando o novo medicamento desenvolvido pela dupla de cientistas.
        Com a inexperada boa evolução das pesquisas, o Prof Macleod ofereceu maior estrutura e equipamentos e ainda uniu à equipe um químico chamado Collip, para promover uma maior purificação do hormônio pancreático.
        Com o hormônio mais purificado, um menino de 14 anos chamado Leonard Thompson foi o primeiro a receber a injeção em 11 janeiro de 1922. Geralmente naquela época o paciente diabético tinha sobrevida de alguns meses e quando muito poucos anos. Leonard Thompson viveu inacreditavelmente 27 anos (muito tempo para a época) e faleceu de pneumonia.
         Em agosto de 1922, a filha de um dos homens mais poderosos do mundo, o então secretário de Estado dos Estados Unidos,  Charles Evans Huges tornara-se diabética e sofria com os sintomas. Era Elizabeth Huges, uma menina de 14 anos que mudou-se para Toronto e também iniciou o uso de insulina. Increditavelmente ela faleceu somente aos 74 anos, em 1981.
         Por motivos óbvios, o quarteto formado por MacLeod, Banting, Best e Collip dividiram o Prêmio Nobel de Medicina de 1923. Não menos importantes foram os papéis desempenhados pelos voluntários desta pesquisa, pelos animais e pelos auxiliares de pesquisa envolvidos neste episódio.

         Para saber mais detalhes desta fascinante história recomendo a leitura do livro "The Discovery of Insulin por Michael Bliss - 25a edição - editado pela London Review Books" . Basta acessar o link  http://www.amazon.com/The-Discovery-Insulin-Twenty-fifth-Anniversary/dp/0226058999
       
       



     
     



Papel em que Banting escreveu seu sonho de como
 isolar a insulina em cães ( outubro de 1920).
Foto de Leonard Thompson antes e depois do uso de insulina

Foto de Banting, Best e a cadelinha Marjorie
Laboratório simples em que Banting e Best trabalharam
na Universidade de Toronto








domingo, 29 de setembro de 2013

Mais notícias sobre Pâncreas artificial vindas do Congresso Europeu de Diabetes em Barcelona



               Obviamente que o maior foco de nosso grupo de pesquisa da USP- Ribeirão Preto é a terapia celular, mas aspectos tecnológicos sempre aguçam a curiosidade de médicos e pacientes diabéticos.
               O pâncreas artificial vem sendo estudado desde a década de 70/80 e parece ser uma promessa que nunca de cumpre. Há diversos projetos no mundo inteiro realizados por diferentes centros renomados de pesquisas.
               Dos dia 22 a 27 de setembro foi realizado em Barcelona o 49 Congresso Europeu de Diabetes. Durante a visita aos stands me encontrei com membros de uma das empresas que mais estudam e desenvolvem tecnologia em Diabetes - a Medtronic. Ela vende algumas bombas de insulina existentes no Brasil há mais de 1 década.
               No stand pude ver o protótipo do que será o pâncreas artificial desenvolvido por eles e que  estará no mercado em 2-3 anos (conforme me prometeram).
               Na foto acima vocês podem ver a bomba de insulina acoplada com o dispositivo que mede a glicose (2 dispositivos no topo da figura). Tanto a infusão de insulina pela bomba quanto a medição de glicose se dão pela pele. O pulo do gato é que isto e feito automaticamente sem necessidade de contagem de carboidratos.
              Para que seja automático porém, é necessário que a bomba interprete o resultado do sensor de glicose e tome a decisão autonomamente. Pare resolver isto, estes aparelhos se mantêm conectados via bluetooth com um aplicativo do sistema operacional Android (smartphone ou tablet) e um equipamento da Medtronic que traduz os estímulos elétricos gerados pelo sensor de glicose em graus diferentes de infusão de insulina.
               Vários estudos já foram realizados e ainda estão em andamento com crianças, jovens , adultos, gestantes, etc.
               Enquanto esta nova tecnologia não está nas lojas, o que devemos fazer é manter o diabetes sob controle para podermos usufruir desta e de outras novidades que estão por vir.
               Vamos em frente!!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Você acha que seu diabetes está sob controle?


          

             Como todos sabemos o diabetes é uma doença silenciosa. Em outras palavras, ele tem a capacidade de nos trazer problemas sem entretanto nos dar alarmes.
            Infelizmente, de maneira geral procuramos ajuda quando temos sintomas como dor, febre, sangramento, extremo mal-estar, etc. É neste nosso ponto fraco que o diabetes pode nos surpreender negativamente.
            Muitos pacientes dizem a seguinte frase: “Eu conheço meu corpo e percebo que eu estou bem!” Porém, para ter certeza é necessário saber a quantas andam os níveis de glicose no sangue. Muitas vezes estou de frente a um paciente no consultório que está sem sintoma algum e quando meço a glicose o valor é de 450 mg/dl!
            Por isso, cada paciente deve discutir com seu médico a forma como deve medir as glicemias. Há pacientes que precisam medir as glicemias 5, 6 7 e às vezes até 8 vezes ao dia! Isto mesmo: 8 vezes ao dia! Há pacientes que precisam medir a glicemia a cada 2 ou 3 meses. Cada caso é um caso e deve ser discutido com seu médico.
            Que hora do dia devemos medir a glicose no sangue?  Muitos pacientes se acostumam  a medir as glicemias de manhã em jejum e quase nunca medem em outros horários. Devemos nos lembrar que o diabetes existe 24h por dia, 365 dias ao ano e por isso é necessário haver rodízio nos horários de medição. Os horários básicos são antes e 2h após o inicio do café da manhã, almoço e jantar e também às 3h da manhã. Obviamente que o número de medições varia de paciente para paciente.  Muitos pacientes porém medem todos os dias, mas quase nunca medem após o café da manhã ou após o jantar ou na madrugada. Isto deve ser policiado pelo médico e paciente.

Quais as metas de tratamento?
As metas são discutidas entre médico e paciente e individualizadas. Em adultos costumamos usar meta de glicemia antes das refeições menor do que 120 mg/dl e meta após as refeições menor do que 140 mg/dl. Estes valores podem ser aumentados em casos particulares como idosos e crianças. É bom deixar claro aumentos esporádicos de glicemia em nada interferem no risco de complicações cr6onicas do diabetes. Todo o paciente diabético apresenta elevações ocasionais de glicose, mas o que realmente nos preocupa é quando as elevações se tornam frequentes. Caso isto ocorra uma mudança no estilo de vida ou mudança nas doses de insulina devem ser feitos em conjunto  com o médico.

Hemoglobina glicada
            Todos sabemos que é impossível medir-se as glicemias a todo o minuto todos os dias. Haja dedos... Por isso, temos uma ferramenta que nos mostra a média das glicemias dos últimos 3 meses. Isto se chama hemoglobina glicada. A hemoglobina glicada mostra o percentual de glóbulos vermelhos estão “açucarados”. Normalmente pacientes diabéticos possuem meta abaixo de 7%. Idosos e crianças costumam ter metas abaixo de 8%, mas conforme dito antes, isto deve ser discutido caso a caso com o médico assistente.  Quanto mais tempo o paciente estiver com as glicemias e com a hemoglobina glicada acima das metas, maior o risco de sequelas a longo prazo. Alguns pacientes tentam fazer alguma forma de dieta para colher exames ou burlar o resultado dos exames de glicemia capilar, mas com a hemoglobina glicada podemos checar e confrontar os resultados. É com se a hemoglobina glicada fosse uma espécie de “dedo-duro” da vida do paciente diabético nos últimos 3 meses. 

Como anotar as glicemias?
As anotações de glicemia são fundamentais. Sem as anotações não há como o endocrinologista saber se as doses atuais de insulina estão adequadas ou não. Muitos pacientes entretanto anotam glicemias exclusivamente para levar para seu médico. É fundamental todos saberem que as anotações são primariamente para o próprio paciente ponderar sobre os resultados de seu tratamento, de sua reeducação alimentar e de seus exercícios.
O método mais conhecido de anotação é o caderninho. Para os pacientes mais afeitos à tecnologia temos:
·      aplicativos para celulares que conectam as glicemias do paciente ao médico em      
     tempo real;
·      tabelas em EXCEL;
·  programas que descarregam os dados do aparelho de glicemia diretamente no computador de médico e paciente.  

IMPORTANTE: É MUITO COMUM PACIENTE DIABÉTICOS APRESENTAREM UM PICO ESPORÁDICO E OCASIONAL DE GLICOSE MAIS ALTA. TAMBÉM
PODEM APRESENTAR HIPOGLICEMIA EXCEPCIONALMENTE. AS MUDANCAS NAS DOSES DE INSULINA SOMENTE DEVEM SER FEITAS SE ESTAS ALTERAÇÕES SE TORNAREM FREQUENTES.
            

terça-feira, 4 de junho de 2013

O que você prefere: Viver mais? Viver melhor? Ou ambos?

Muitos dizem que antigamente tínhamos uma vida mais saudável e muitos conhecemos pessoas que viveram 90 ou 100 anos. É bom deixar claro porém que infelizmente isto era exceção e não a regra. 

Muitas coisas melhoraram no último século e dentre elas podemos citar como principais as medidas populacionais sanitárias e de higiene, gerando menor mortalidade infantil e menor mortalidade por doenças infecto-parasitarias. 

Obviamente que em paralelo a estas medidas de saúde pública houve uma enorme evolução dos recursos médico-hospitalares nas últimas décadas. procedimentos médicos complexos como transplante de órgãos, ventilação mecânica e novos medicamentos passaram a fazer com que vivêssemos mais, mesmo após diagnóstico de doenças outrora consideradas graves.

Segundo o IBGE, na década de 1940 a expectativa de vida dos brasileiros era de 42,7 anos. Devido a melhoras sanitárias e de higiene observamos um aumento exuberante e sempre progressivo desta expectativa de vida. Nós nunca retrocedemos na expectativa média de vida no Brasil. Este número vem sempre aumentando ano após ano. 

Só para termos uma idéia, a expectativa média de vida para quem nasceu em 2011 já era 74 anos. 

Mas será que viver mais significa viver melhor? Claro que não! 

Como estamos vivendo muito mais do que antes, estamos apresentando mais doenças crônicas como diabetes tipo 2, hipertensão, colesterol e triglicérides alterados, infarto do miocárdio, derrame cerebral, doença de Alzheimer, diversos tipos de câncer, doenças ósteo-articulares, etc. 

Pesquisa recentemente publicada da Faculdade de Medicina da USP - São Paulo mostrou que muitos dos anos a mais que estamos vivendo estão sendo sem uma boa qualidade de vida e isto é fruto de uma mal preparação nossa para a velhice. Muitos inclusive vivem enclausurados em camas de hospital ou em casa. 

No dia-a-dia de consultório o que mais presencio são pessoas que trabalharam a vida toda para formar sua família, filhos, produzir riqueza e por fim, quando se aposentam (ou mesmo antes) já vivem de consultório em consultório apagando "incêndios" de sua saúde. 

Até mesmo do ponto de vista econômico, vale à pena envelhecer com saúde, pois com isto podemos trabalhar mais, produzir mais riqueza e ainda, de quebra, gastar menos dinheiro com remédios. Ter Saúde é ter Riqueza!

Devemos lembrar que a vida é uma longa maratona (e não uma corrida de 100m rasos) e que não devemos e nem podemos gastar toda a nossa saúde de uma só vez nas primeiras décadas de vida. 

Por isto, sempre valem à pena as recomendações de sempre:
consultas médicas regulares, realização de check-ups periódicos,  alimentação saudável e exercícios regulares. 

Vida longa e saudável a todos nós!

domingo, 12 de maio de 2013

Parabéns às Mamães-Pâncreas palo seu dia



O diabetes é uma doença democrática. Acomete pessoas ricas, pobres, brancas, negras, amarelas, altas, baixas, americanos, brasileiros, europeus, etc. Inclusive o diabetes acomete crianças pequenas e que precisam de ajuda de seus pais para literalmente sobreviver.

Graças a Deus em 1922 a insulina foi desenvolvida no Canadá e o diabetes tipo 1 que era uma doença letal passou a ser uma doença controlável. Controlável sim mas que precisa de muita (mas muita) ajuda dos pais.

Por diversos motivos, inclusive culturais e biológicos, frequentemente as mães ficam mais à frente do tratamento do diabetes dos pequenos. Obviamente muitos pais ocupam este papel em diversas famílias.

Recentemente vi esta nova denominação nas redes sociais e achei super-interessante e ultra-definidora das atividades das mães que praticamente abdicam de suas vidas (pessoal e profissional) para cuidar de seus filhos com diabetes.

Mãe-Pâncreas

Muitas pessoas que adquiriram o diabetes na vida adulta certamente não sabem das atribuições de uma Mãe-Pâncreas.

A Mãe-Pâncreas faz basicamente o que o pâncreas normal faz e ainda muito mais:
- mede a glicose várias vezes ao dia e inclusive acorda de madrugada para ver se está tudo bem;
- conta os carboidratos das refeições;
- aplica as doses necessárias de insulina inúmeras vezes ao dia;
- oferece açúcar em casos de hipoglicemia;
-acorda de madrugada para medir glicose e para
- é psicóloga, professora, enfermeira, médica...
- é Mãe

Fiquem atentos também para seus direitos. Cuidadores que trabalham regidos pela CLT têm direito a obter licença remunerada paga pelo empregador nos primeiros 15 dias e a partir deste período ela será paga pela Previdênca Social.


"Lei nº 8.112/90 que trata do regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais, especialmente no Capítulo V – Das Licenças –, Seção I, artigo 81, inciso I, in verbis"conceder-se-á ao servidor licença: I – por motivo de doença em pessoa da família", posteriormente ampliado no artigo 83 sobre as condições e requisitos para o benefício."

Leia mais em: http://jus.com.br/revista/texto/17875/a-concessao-de-licenca-por-motivo-de-doenca-em-pessoa-da-familia-para-trabalhadores-regidos-pela-clt#ixzz2T7oLcRps

domingo, 20 de janeiro de 2013

Pesquisa pioneira mundialmente realizada pela USP - Ribeirão Preto é destaque no Jornal Nacional



Em janeiro de 2013 a jornalista Sandra Passarinho tem exibido no Jornal Nacional uma série de pesquisas nacionais sobre o uso clínico e prático de células-tronco.

Na edição de sábado dia 19/01/2013 ela dedicou especialmente aos estudos pioneiros mundialmente de nosso grupo de pesquisa de células-tronco da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP.

Esta pesquisa tem sido exportada para diversos países da Europa e Estados Unidos.

Apesar de promissora esta pesquisa, ainda não podemos utilizar a palavra "cura", mas temos melhorado muito a qualidade de vida dos portadores de diabetes tipo 1 submetidos.

Por ser uma pesquisa, não sabemos se os resultados a longo prazo serão bons ou ruins e ainda não estamos completamente certos da segurança deste estudo. Por isso, há inúmeros critérios de inclusão para nossos estudos, sendo os iniciais:
-Idade acima de 18 anos;
-Diabetes tipo 1 há menos de 6 semanas.

Clique no link abaixo e assista à matéria exibida no Jornal nacional.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/01/celulas-tronco-estao-ajudando-combater-tipo-perigoso-de-diabetes.html





"O Futuro do Diabete"agora também na versão dIgItal no site do IBA

Para quem procura nosso livro "O Futuro do Diabete" pode adquiri-lo pelo site do IBA em versão digital

Outra possibilidade é receber o livro em casa solicitando no site da Loja Abril 



sábado, 19 de janeiro de 2013

Os Rins e o Diabetes





Mesmo anos antes do nascimento de Cristo o diabetes mellitus sempre se confundiu muito com os rins. Os médicos antigos julgavam que o paciente diabético apresentaria um problema renal que o fazia urinar excessivamente. 

Apesar de sabermos bem que os rins não são a causa do diabetes mellitus, sabemos que eles estão intimamente ligados a esta doença. 

Infelizmente o diabetes é a principal causa de insuficiência rena crônica  no mundo. É bom frisar que o diabetes normalmente provoca insuficiência renal quando mal controlado por muitos e muitos anos. 
Os rins são dois órgãos em forma de feijão, localizados no abdome. Eles têm a função de filtrar as impurezas do sangue. Se ele para de funcionar as impurezas permanecem no sangue trazendo diversos malefícios ao organismo. 

Quando se fala de rins muitos lembram das famosas cólicas na região lombar (dor nas costas), urina com sangue, etc. Porém, na realidade os maiores problemas nos rins praticamente não provocam sintomas óbvios claros. 

Por isso, todo paciente portador de diabetes deve realizar exames de urina pelo menos anualmente em busca de qualquer alteração urinária. É importante destacar que os exames de urina são capazes de identificar alterações precoces da função renal ainda em tempo de serem revertidas ou pelo menos estabilizadas. 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Depoimento de Dado Villa-Lobos

Muito  interessante este depoimento do fantástico músico dado Villa-Lobos. neste vídeo ele conta como vem sendo sua vida de shows e viagens ao longo de mais de 35 anos de diabetes (e sem complicações). 




Clique no link abaixo e acesse o vídeo