segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Aprovada a insulina Biossimilar de Lantus nos Estados Unidos

Há mais de 15 anos o tratamento do diabetes com insulinas sofreu um grande avanço. Trata-se da insulina Glargina (conhecida como nome comercial de Lantus do laboratório Sanofi-Aventis). 
Esta é uma insulina sintética, ao contrário das insulinas que a antecederam que eram de origem humana ou até mesmo animal) que dura até cerca de 24h e portanto, na maioria dos pacientes, é necessário 1 única aplicação diária. 
Usualmente ela é usada juntamente com outras aplicações de insulina rápida. 
A insulina Glargina foi um enorme avanço em relação à sua antecessora, a velha insulina NPH. 
A Glargina é considerada um avanço em relação à insulina NPH devido ao fato de induzir menor ganho de peso, menor variação nas glicemias e também menor risco de hipoglicemias. O fato de ser uma injeção diária também tornou-se um forte atrativo em favor da Glargina. Tudo isto faz com que a insulina Glargina promova melhor qualidade de vida.
Por tudo isso, ao longo dos anos vários pacientes e médicos optaram por fazer a troca da NPH pela Glargina.
O grande problema da insulina Glargina porém foi o preço
No início somente os pacientes com maior poder aquisitivo tinham consições financeiras para adquirir esta insulina. Posteriormente vários pacientes entraram com ações judiciais para receber esta insulina do Poder Público. 

O lançamento do biossimilar da insulina Glargina é um fato sem precedentes nos Estados Unidos e relativamente novo em todo o mundo. A insulina Glargina possui uma técnica diferenciada de produção e o rígido FDA nunca antes havia liberado um medicamento biossimilar no mercado americado. 
Por isso, há alguns anos o renomado laboratório Eli Lilly desenvolveu a técnica necessária e todos os critérios e rigores para a manufatura desta insulina (leia o parecer do FDA na íntegra aqui ).
Mas qual a vantagem de ter a insulina Glargina biossimilar? 
A vantagem é principalmente financeira! Tanto a insulina Lantus quanto a biossimilar (que vai se chamar Basaglar) possuem a mesma eficácia e o mesmo perfil de efeitos colaterais. 
O governo porém poderá promover uma livre concorrência de preços e o laboratório que fizer o menor preço vence a briga para fornecimento para o Estado brasileiro. 
Para o consumidor que compra diretamente da farmácia, poderá escolher aquela que tiver o menor preço. 
Vale resaltar que a insulina Basaglar já foi lançada na Europa há 1 ano, acaba de ser aprovada nos Estados Unidos e esperamos em breve este benefício aqui no Brasil.

Vamos aguardar!!!