Do dia 3 a 8 de maio uma seleta comitiva esteve em visita ao principal centro de diabetes da atualidade, o Texas Diabetes Institute dirigido pelo endocrinologista Ralph Defronzo.
Este centro se localiza na cidade de San Antonio, Texas. Esta cidade tem cerca 1,5 milhão de habitantes (65% de mexicanos) e até 1980 não era referência em quase nada em termos de saúde. Neste ocasião o Dr Ralph Defronzo se desligou do importante Hospital Geral de Massachusetts por problemas pessoais e migrou para San Antonio.
Não por coincidência, San Antonio é uma das cidades mais obesas dos Estados Unidos. Lá o Dr DeFronzo desenvolveu uma importante parcela do que se conhece hoje sobre os mecanismos relacionados ao diabetes tipo 2, resistência insulínica e falência de células beta produtoras de insulina. Além disso, a produção científica atual é fantástica em termos inclusive de novos medicamentos.
Interessante é que a Unversidade que este centro se coliga é muito desconhecida porém o centro é tão importante que suplanta esta possível discrepância.
O mais intrigante é que, a parte de todo o desenvolvimento científico local, a cidade é de médio porte e todos os pacientes que se tratam lá usam os melhores e últimos lançamentos para diabetes tipo 2. Eles pagam o que podem e se não podem pagar nada, não pagam nada.
Marcou-me o luxo das acomodações, a ausência de filas, o respeito aos pacientes e aos profissionais de saúde.
A pergunta que vem é: como este centro se sustenta? Este centro se sustenta em parte pelos trabalhos ligados à indústria farmacêutica, em parte pelos cursos que faz e pela doação da prefeitura local.
Em suma, a lição que aprendi foi que para ter um serviço de diabetes de alto nível, não importa a cidade ou a universidade coligada, mas sim disposição para o trabalho, organização, e a vontade de desvendar os segredos desta epidemia que é o diabetes.